Afinal o excesso de proteína é ou não prejudicial para os rins?
Quem já seguiu ou pretende seguir uma dieta hiperproteica provavelmente já foi alertado para os supostos malefícios da proteína para a saúde, em particular para os rins.
A ideia ganha ainda mais “destaque” numa altura em que os suplementos proteicos parecem estar na moda. Para o ajudar a clarificar as suas (possíveis) dúvidas, hoje debruçamo-nos sobre o assunto.
MITO OU REALIDADE?
A preocupação centra-se essencialmente na possibilidade da ingestão elevada de proteínas poder provocar danos ou condicionar a função renal. É certo e sabido que pessoas com histórico de patologias renais, nomeadamente insuficiência renal crónica, devem seguir uma dieta hipoproteica (com baixo teor de proteína) para que a função renal não seja comprometida.
Mas será que esta questão também se coloca para indivíduos saudáveis e sem qualquer tipo de problemas renais? A verdade é que nada do que é consumido em excesso faz bem. E a proteína não é exceção. No entanto, não existem evidências claras que relacionem as dietas hiperproteicas com o comprometimento da função renal em indivíduos saudáveis, nem em atletas ou indivíduos que pratiquem atividade física.
QUAL A QUANTIDADE CERTA?
O segredo está no equilíbrio. Ou neste caso, em saber qual a dose certa. A verdade é que a a dose diária recomendada (DDR) de proteína varia de pessoa para pessoa, tendo em conta o seu estilo de vida.
Segundo a U.S Food and Nutrition Board, a dose diária recomendada (DDR) de proteína, para um adulto saudável é de 0,8 gramas de proteína por cada quilo do seu peso corporal. Mas esta quantidade pode aumentar caso estejamos a falar de desportistas – especialmente os que praticam desportos que exigem força ou resistência.
Por exemplo, segundo o American College of Sports Medicine (ACSM), caso estejamos a falar de atletas que pratiquem desportos que trabalhem essencialmente a resistência, o consumo diário de proteínas pode ir rondar os 1,2 a 1,4 gramas por quilo de peso corporal; mas se falarmos de desportos de força o valor pode ir de 1,2 a 1,7 gramas por quilo do peso. Valores (em ambos os casos) que podem chegar aos 2 gramas, dependendo da intensidade do exercício.
ACONSELHE-SE!
Não há razão para uma pessoa saudável aumentar as suas necessidades proteicas acima das recomendações. Em caso de dúvida, pode – antes de mais – procurar o seu médico e realizar exames médicos para perceber se os seus rins estão a funcionar normalmente. Com a ajuda de um nutricionista poderá ter um plano alimentar individualizado, com a quantidade de proteína ajustada às suas necessidades energéticas.
Fonte: Vida Ativa
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