Muitos homens acreditam que um dos maiores perigos seja uma mulher com raiva – e, em alguns casos, é verdade. No entanto, como nos ensina a história de Santippe, a esposa sagaz de Sócrates, há muito a aprender com uma mulher de mal-humorada e de pavio curto.
Um estudo da Universidade de New South Wales revela que as mulheres com maior tendência a ficarem com raiva mostram maior inteligência e capacidade de argumentar.
O assunto do estudo foi a influência que o mau humor feminino pode ter em outros aspectos da sua vida e personalidade. Os investigadores então expuseram uma amostra variada de mulheres a estímulos negativos e positivos, primeiro usando vários filmes para esse propósito, depois colocando-as em múltiplos contextos nos quais foram convidadas a se expressar, a dar respostas e a resolver situações.
Através desses passos, os pesquisadores concluíram que aquelas que se irritaram com mais facilidade e de maneira geral mostraram um mau humor, conseguiram superar melhor os testes, fornecer as respostas corretas e identificar as soluções mais eficazes – e não só. Na verdade, elas também mostraram que têm uma memória melhor e uma capacidade mais refinada de argumentar.
De acordo com Joseph Forgas – o professor que liderou o estudo – a razão é a seguinte: o mau humor melhora a atenção e desperta pensamentos mais concretos e aprofundados, incentivando o processamento de informações durante períodos de stresse e dificuldade.
Pelo contrário, as mulheres mais positivas e agradáveis, apesar do otimismo e da vontade de ajudar, têm mais dificuldade em superar um obstáculo, memorizar dados e elaborar soluções.
Se, portanto, os resultados deste estudo permitem reavaliar o mau humor das mulheres, eles não devem ser tomados como uma desculpa para não tentar melhorá-lo: melhor lembrar que a raiva alimenta um comportamento destrutivo a longo prazo e, certamente, por nada agradável aos olhos dos outros.
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