Os pais querem os filhos perfeitos… mas tornam as crianças tristes! Tudo pela pressão da exigência!

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Todos os pais querem os filhos perfeitos e elevam as suas expectativas e exigências. Mas por vezes isso  faz com que os filhos não sejam felizes e sorridentes.

A autoridade, voz rígida e exigências fazem parte da educação e cada vez menos a liberdade e reconhecimento.

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Segundo a APA (American Psychological Association) a depressão nos adolescentes já é um problema muito grave na actualidade, e uma exigência desmedida por parte dos pais pode derivar facilmente na falta de auto estima, ansiedade, e em um elevado mal-estar emocional.

“A educação sempre deve ser a base da felicidade, do auto conhecimento, e não uma directriz baseada unicamente no perfeccionismo onde os direitos da criança são completamente vetados.”

É preciso ter em mente que essa exigência na infância deixa a sua marca irreversível no cérebro adulto: a pessoa nunca se acha suficientemente competente, nem perfeita com base naqueles ideais que lhe foram incutidos. É preciso cortar esse vínculo limitante que veta a nossa capacidade de sermos felizes.

Filhos perfeitos: quando a cultura do esforço é levada ao limite

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Frequentemente ouvimos que vivemos em uma cultura que baseia a sua educação na falta de esforço, na permissividade e na pouca resistência à frustração. Contudo, isso não é totalmente verdade: em geral, e mais ainda em tempos de crise, os pais procuram a “excelência” em seus filhos.

Se uma criança tira um 7 em matemática, é pressionado para alcançar um 10. As suas tardes são preenchidas com aulas extra curriculares e seus momentos de ócio são limitados à busca por mais competências, resultando em stress, esgotamento e vulnerabilidade.

“The Price of Privilege” é um livro interessante publicado pela doutora Madeleine Levine, onde ela explica como, na nossa necessidade de pais em educar filhos perfeitos e aptos para o futuro, o que estamos conseguindo é criar filhos “desconectados da felicidade”.

“Educar é ser capaz de exercer a autoridade com amor, guiando seus passos com segurança e afecto porque a infância é um fundo de reserva para a vida toda.”

Consequências de exigir demais das crianças

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Existe uma coisa que precisamos considerar muito bem. Podemos educar nossos filhos na cultura do esforço, podemos e devemos exigir, sem dúvida, mas tudo tem um limite. Essa barreira, que deveria ser intransponível, é a de acompanhar a exigência a um colchão afectivo incondicional.

Do contrário, nossos filhos perfeitos serão crianças tristes que evidenciarão as seguintes dimensões:

  • Dependência e passividade: uma criança acostumada a ser mandada deixa de decidir por conta própria. Assim, sempre procura a aprovação externa e perde a sua espontaneidade, a sua liberdade pessoal.

  • Falta de emotividade: os filhos perfeitos inibem suas emoções para se ajustarem ao que “tem que ser feito”, e toda essa repressão emocional traz graves consequências a curto e longo prazo.

  • Baixa auto estima: uma criança ou um adolescente acostumado à exigência externa não tem autonomia nem capacidade de decisão. Tudo isso cria uma auto estima muito negativa.

  • A frustração, o rancor e o mal-estar interior podem se traduzir muito bem em instantes de agressividade.

  • A ansiedade é outro factor característico das crianças educadas na exigência: qualquer mudança ou uma nova situação gera insegurança pessoal e uma elevada ansiedade.

Pais exigentes frente a pais compreensivos

A necessidade de educar “filhos perfeitos” é uma forma subtil e directa de dar ao mundo crianças infelizes. A pressão da exigência irá acompanhá-las sempre, e mais ainda se a sua educação for baseada na ausência de estímulos positivos e de afecto.

Fica claro que como mães, como pais, desejamos que nossos filhos tenham sucesso, mas acima de tudo está a sua felicidade. Ninguém deseja que na adolescência desenvolvam uma depressão ou que sejam tão exigentes com eles mesmos que não saibam o que é se permitir aproveitar, sorrir ou cometer erros.

Características gerais

Neste ponto, é preciso saber diferenciar entre a educação baseada na exigência mais rigorosa e aquela criação baseada na compreensão e na conexão emocional com nossos filhos.

  • Os pais muito exigentes e críticos costumam apresentar uma personalidade insegura que precisa ter sob controle cada detalhe.

  • Os pais compreensivos “impulsionam” seus filhos para a conquista, permitindo explorar coisas, sentir e descobrir. São guias e não colocam fios nos seus filhos para movê-los como marionetas.

  • O pai exigente é autoritário e leva um estilo de vida que está sempre seguindo o relógio. Indica regras e decisões para economizar tempo através do “porque eu sei que é melhor para você”, ou “porque eu sou seu pai/mãe”.

Para concluir: educar é exercer a autoridade, mas com bom senso. É usar o afecto como antídoto e a comunicação como estratégia.”

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Nossos filhos não são “nossos”, são crianças do mundo que deverão ser capazes de escolher por si próprios, com direito de errar e aprender, com a obrigação de chegar à maturidade sendo livres de coração e com seus próprios sonhos para realizar.

Pensem nisso!

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