As doenças cardíacas são a principal causa de morte entre as mulheres. Se até os anos 80, os problemas cardíacos eram considerados um “mal puramente masculino”, mas com o aumento a cada ano do número de casos de enfarte em mulheres, os especialistas estão mais atentos aos motivos que contribuem para a disseminação da doença entre a ala feminina.
Saberia identificar o enfarte em mulheres? Os sintomas da doença são diferentes nas mulheres, e é preciso estar atenta aos sinais que o corpo dá!
A dor no peito, uma característica do enfarte masculino, não é um sinal comum quanto se trata da doença nas mulheres.
Entre os principais sinais de que uma mulher pode vir a ter um enfarte, estão:
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Fadiga intensa;
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Náuseas;
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Palpitações;
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Tonturas;
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Dor de estômago e azia;
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Dor nas costas;
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Dor na mandíbula/queixo.
Quando esses sinais permanecerem por mais de 20 minutos, o recomendado é procurar auxílio médico imediatamente.
Motivos do enfarte nas mulheres
Por acreditarem ser menos vulneráveis às doenças do coração, as mulheres acabam por negligenciar os sintomas, o que pode ser fatal em muitos casos.
De acordo com a presidente do Departamento de Cardiologia da Mulher, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Elizabeth Alexandre, as mulheres que já entraram na menopausa são as que mais devem ficar atentas à saúde cardíaca.
“Quando a mulher entra na menopausa, ocorre uma queda intensa do estrogénio, hormona responsável por regular o colesterol no organismo feminino. A queda nos níveis do hormonas gera o aumento do colesterol ruim e a redução do nível de colesterol bom no sangue. O que faz com que o colesterol se acumule nas artérias e interrompa o fluxo sanguíneo, facilitando o enfarte”, explica a especialista.
“No grupo de mulheres com idade entre 35 e 44 anos não verificamos a mesma redução de mortalidade que identificamos em outros grupos. Esse é o foco das pesquisas no momento”, observa a cardiologista. Já a cardiologista Roberta Saretta, do Hospital Sírio-Libanês, salienta que, ao longo dos anos, as mulheres adquiriram hábitos que as expõem ainda mais a fatores de risco, hábitos esses que eram “exclusivos” dos homens, por conta de uma rotina mais atribulada.
Tabagismo, hipertensão, stresse, obesidade, diabetes e sedentarismo são “impulsionadores” do enfarte. “O tabagismo é considerado o grande fator de risco para o enfarte nas mulheres mais jovens”, finaliza a cardiologista. Por isso, vale a pena prestar atenção aos sinais que seu corpo dá, procurando, paralelamente, adotar hábitos de vida mais saudáveis.
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