As palavras são duras mas a verdade é uma: o álcool na gravidez é um veneno para o bebé. Saiba porquê neste artigo.
O consumo de álcool na gravidez tem consequências graves para o bebé, quer se trate de um consumo elevado, por dependência ou hábito, mas também o consumo ocasional, seja um copo de champanhe num aniversário, uma cerveja ocasional ou até um cálice de licor.
É extremamente perigoso porque já sabemos que o álcool atravessa a placenta e acumula-se no líquido amniótico, assim como circula pelo cordão umbilical.
Assim, quando uma grávida ingere bebidas alcoólicas, o álcool entra rapidamente na circulação sanguínea da mãe e, exatamente a mesma quantidade de álcool atinge, rapidamente, a circulação do bebé. O álcool é uma substância teratogênica que pode afetar o desenvolvimento do embrião e do feto e pode ser fatal para o bebé.
RISCO DO CONSUMO DE ÁLCOOL NA GRAVIDEZ
Quando se trata de um consumo por dependência, isto resulta em problemas específicos, relacionados com a adição pelo que deve procurar apoio psiquiátrico e o tratamento deve ser coordenado com o ginecologista/obstetra.
Este consumo excessivo está relacionado com a síndrome fetal alcoólica que é caraterizada por atraso de crescimento, deformações faciais e anomalias do sistema nervoso central com atraso do desenvolvimento psicomotor, diminuição da capacidade intelectual, malformação do coração e alterações do comportamento, entre muitas outras.
O consumo de álcool na gravidez pode também provocar e aumentar a probabilidade de abortos espontâneos (cerca de 2 a 4 vezes superior), assim como o risco de ter um nado morto.
Também nos casos de consumo ocasional, o seu bebé não está seguro! Mesmo que se tratem das chamadas bebidas de baixo teor alcoólico, como misturas de refrigerantes com vodka, gin, martini e outras semelhantes que, na verdade, têm a mesma quantidade de álcool que uma cerveja.
A Dr. Marcela Forjaz, em “O Grande Livro da Grávida”, questiona: alguma vez daria ao seu bebé um biberão de cerveja? Julgamos que isto diz tudo.
VAMOS A NÚMEROS!
Após um estudo realizado pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), para avaliar o consumo de álcool entre as grávidas em Lisboa e Oeiras, com a participação de 1.104 participantes, concluiu-se que 19% das mulheres admitem o consumo de bebidas alcoólicas na gravidez.
Se faz parte do grupo de mulheres que ainda não está convencida quanto aos riscos, vamos a números. Uma mulher que pese 60 kg, se beber uma das bebidas que indicamos, fica com uma taxa de alcoolemia de 0,3 g/l, imagine os efeitos deste valor de álcool no seu bebé que pesa muito menos!
O fígado metabólica o álcool à velocidade de 0,1 g/l, por hora, porém, as crianças até aos 15 anos não têm essa capacidade, tampouco a tem um bebé!
O QUE FAZER?
As recomendações da Organização Mundial de Saúde, sustentadas pelas dezenas de estudos científicos, recomendam que, assim que decidir engravidar, pare imediatamente o consumo de álcool e que prolongue essa decisão até ao momento em que deixe de amamentar o seu bebé.
Fonte: Vida Ativa
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